quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Lições para 2016 e para toda a vida

(por João Lemes)

Toda notícia ruim voa, diz o adágio. Então, hoje vamos rever notícias boas, lições para 2016 e para a vida toda. Entremos o novo ano com alegria e paz no coração. Vamos rever o que dizem alguns outdoors do Citibank em São Paulo.

Por que as semanas demoram e os anos passam rapidinho?; Trabalhe, mas não esqueça: vírgulas são pausas; Não deixe que o trabalho da mesa tape a vista da janela; Não é justo fazer declarações anuais ao Fisco e nenhuma a quem você ama; Para cada almoço de negócios, faça um jantar à luz de velas; Quantas reuniões foram mesmo nesta semana? Dinheiro só chama dinheiro, não chama para um cineminha, para tomar um sorvete; Você pode dar uma festa sem dinheiro, mas não sem amigos.

Crie filhos em vez de herdeiros; Precisamos deixar filhos melhores para o mundo e não um mundo melhor para nossos filhos; Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim, ele saberá o valor das coisas e não o seu preço. Agora, quem sabe assim você seja promovido a melhor amigo, pai, mãe, filho, filha, namorada, namorado, marido, esposa, irmão, irmã... do mundo!.

Guarde essas óbvias mensagens e repasse aos familiares, amigos e viva feliz em 2016, 2017, 2018, 2019, 2020, 2021...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Peças da mente

(João Lemes)*
Nossa vida é feita de bons e maus momentos; de tristeza, alegria... Sabemos também que quase tudo depende da nossa cabeça. O pensamento pode ser benéfico ou nocivo, positivo ou negativo. Pode ser criativo, sublime ou frustrante e destruidor.
Durante o dia temos mais de 50 mil pensamentos, muitos deles desnecessários. Alguns são como tempestades que nos açoitam e acabam virando nossos eternos companheiros. Algo para nos deprimir, nos enfraquecer, nos fazer tristes.
Toda carga errada de pensamentos nos fadiga, nos deixa com preguiça, falta de atenção e com pouca criatividade. Mas se tivermos pensamentos positivos, a inspiração volta. Ficamos alegres e passamos a criar mais e viver melhor.
Por isso, não é bom ficarmos dando voltas naquilo que não nos leva a nada. Vamos parar também de planejar tanto: reuniões, festas, encontros, tarefas. Isso nos deixa presos e quando algo falha, lá vem frustração!
Vamos parar de usar o subjuntivo “se”. “Se eu tivesse pensado melhor isso não teria acontecido.” “Se eu estivesse lá tudo seria melhor.” “Se eu tiver o diploma meu chefe vai me valorizar mais.”
Neste ano novo tente ser melhor para os outros e para si. Para que isso dê certo, trate de limpar a mente, treinar bons pensamentos. A vida é uma só e o que não tem solução solucionado está. Pense nisso! E não esqueça: tudo é exercício. Aprenda a exercitar sua mente com bons pensamentos e faça disso um hábito, um caminho para viver bem.

*(Baseado no artigo da escritora espanhola Mirian Subirana)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

O preço nos produtos também é informação

A função da propaganda é informar. Com ela, todos ficam sabendo quando um produto é lançado, os detalhes, em que loja é vendido. Tudo é informação. A principal é o preço. Não adianta saber detalhes (tamanho, modelo, cor) sem saber se está ao alcance do bolso. É o preço que dá o desfecho na compra. E por que algumas lojas mostram tudo, menos o preço? Por medo da concorrência ou por pensar que o preço iria vulgarizar o estabelecimento ou produto. Ou ainda; para tentar forçar o cliente ir à loja perguntar.

Nas vitrines o preço no produto é obrigatório! Poucos cumprem isso também. Já um anúncio com a informação pela metade vira um gol contra porque leva menos gente à loja. Poucos têm tempo e paciência para ligar perguntando. Até se irritam, já que tudo poderia estar ali, na propaganda. E essa mesma concorrência que faz alguns evitarem a divulgação do preço muitas vezes é justamente quem sai ganhando porque coloca os preços nos seus produtos.

Vejam um exemplo de que o preço funciona: certa vez me deparei com vários restaurantes em Santa Catarina. Todos eram de nível semelhante, mas não quis chegar em nenhum. Lá pelas tantas, vi uma placa bem feita e objetiva mostrando alguns dos pratos da noite e não resisti. O lugar eu já havia notado que era dos bons. O cardápio eu vi na placa sem precisar descer do carro. Mas isso não foi a causa da minha decisão. Será que preciso dizer que foi o preço?

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Cleptocracia


Essa palavra é nova? Para nós, brasileiros, pode ser. Então vamos tentar explicar: conforme o ministro Gilmar Mendes, mais de 6 bilhões desviados das estatais como a Petrobras e outras, eram destinados à propina. E se 1/3 disso foi para o PT, ele teria dois bilhões, dinheiro para fazer campanha até 2038. Uma forma fácil de se eternizar no poder. E as famosas estatais que não podem ser vendidas, que é bom pro povo? Povo uma ova! Bom para eles, para o PT. Assim, eles podem usar e abusar do que é público. Então, o que se instalou no país? Foi uma tal cleptocracia. Aqui pra nós e leitores: a governança do roubo! Por isso, peço a todos que têm poder de voto: não elejam mais ninguém que defenda, apoia ou ainda acha bonitas as atitudes desses ladrões e safados do PT adeptos da cleptocracia.

Obs. Desde a antiga Grécia o homem sonha com um governo perfeitamente democrático, eficiente e honesto. Ainda vivemos essa utopia?

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Escreva bem


Você também escreve 
tudo em caixa alta?

Seguidamente percebo que muitos abusam das palavras em caixa alta (em letras maiúsculas) pela rede social ou nos e-mails. É bom frisar que os textos assim podem significar falta de etiqueta (ou até falta de educação) por representar fúria e parecer que a pessoa está gritando. 

Por vezes, também retrata preguiça. Ou seja, mesmo que a pessoa note a tecla “caps lock” pressionada (fixar as maiúsculas), a deixa assim. Também demonstra a preguiça em ter que apontar as maiúsculas dos nomes próprios. Resumindo: fica mais fácil escrever algo todo em maiúsculas do que ficar a toda hora apertando a bendita teclinha. Mas é bom pensar um pouquinho em quem vai ler, única razão de um texto. Essa leitura ainda fica muito mais difícil por ser com letras do mesmo tamanho.

Obs. Caso você faça isso, da próxima vez lembre-se: essa prática não é a mais correta, muito menos para professores, advogados, doutores e comunicadores. Espero te
r ajudado.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Para os que amam os carros

Dizem que muitos não ficam brabos se mexerem com sua mulher, mas com seu carro... Sim. o automóvel virou o sonho do brasileiro. A casa pode ser humilde, porém com um carro na garagem. Mesmo que seu uso seja pouco devido ao preço da gasolina, ele está ali.

Sabiam que até 1900 não havia um carro sequer? Que os primeiros só atingiam 30km/h e gastavam mais água que gasolina? É que bastava uma subidinha para o motor ‘ferver’. Também não andavam à noite porque os faróis eram a querosene e clareavam pouco.

Mulher não dirigia. Era preciso ser mecânico. E quando um pneu furava, haja força para trocá-lo. A pessoa se sujava toda. Até para dar partida no veículo tinha que ter músculos. Caso a manivela escapasse, poderia decepar um braço.

O professor Geoffrey Blainey em seu livro “Breve História do Século XX” diz que os primeiros carros causaram alvoroço em Nova Iorque em 1902. Todos se queixavam do barulho, do mau cheiro e da correria que ameaçava pedestres e cavalos.

O americano Henri Ford foi um dos pioneiros. Seus carros ganharam o mundo. Em pouco tempo o jovem que se criou no campo era o mais comentado do planeta. Em 1930 seus modelos já tinham teto e vidros nas janelas, freios hidráulicos, motores mais silenciosos... Em Santiago teve gente vendendo até três quadras de campo pra comprar um carro.

A evolução do automóvel foi tanta que hoje quase todos têm um (dois ou três). As ruas estão cheias. Não se sabe o que fazer com os antigos. Até as fábricas estão lotadas sem ter para quem vender. E quanto ao mau cheio e barulho? Bom; isso é coisa do passado. O que incomoda hoje são as músicas em alto volume e a falta de lugar para estacionar. Ah, e a correria e o perigo continuam também...

Legenda:
O santiaguense Cássio Peixoto é um dos poucos que ainda tem um Ford V8 1932 comprado por seu pai Dilon Peixoto. A raridade está avaliada em 180 mil. 

O imbecil da rede social

Um dos maiores fenômenos dos últimos tempos é a rede social. Ela estreita caminhos, ajuda a fazer amigos, ‘nos divulga’, serve para negócios, diverte, educa, ensina. Aliás, a internet seria para isso. Seria... Hoje há 80 milhões de brasileiros acessando a internet pelo celular e a maioria tem seu “face”. Mas e quantos usam com os propósitos acima? Raríssimos. O que fazem é zombar dos feios, dos gordos, dos pobres, dos gays... Também proliferam os boatos e a violência visual mostrando cenas terríveis com gente morta ou rebentada. Serve ainda a muitos crimes de falsificação e aos apelos sexuais proibidos.  

O filósofo Umberto Eco diz que a tecnologia na informação deu voz aos imbecis. “Antes eles falavam essas coisas num bar depois de uma taça de vinho, sem prejudicar ninguém. Mas a Internet promoveu o idiota a dono da verdade. Por isso, os jornais devem fazer boa filtragem porque ninguém sabe nem se um site é confiável", ensina o escritor. Como vimos, ele não quer banir os idiotas. Apenas faz uma constatação. Seu intuito é nos ensinar a separar as tolices e não compartilhá-las para não corrermos o risco de também virarmos um imbecil da rede social.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

A praga da corrupção

(João Henrique Lemes)
Muitos dos maiores problemas de todo o mundo têm suas origens em pequenos atos errôneos. São “insignificantes” delitos que se perpetuam até a fase adulta. O pior é que a gravidade dos atos vão aumentando à proporção do tempo. Quando se percebe, essa “praga” está instalada em todos os governos, nas empresas e até nas famílias. E nos países onde a educação é precária, onde as leis são mal-aplicadas a praga se mostra ainda mais voraz. 

Desde criança, muitos se deparam com tentações que levam à prática de coisas erradas. Como é da nossa natureza, a espécie humana sempre visa o melhor para si, não importam os meios. A crise econômica que vive o Brasil é um exemplo disso: Ela é consequência dos atos corruptos dos políticos e de quem atua diretamente com eles. Por incrível que pareça, esse marasmo também começou com pequenos desvios. Nenhum ladrão assalta um banco de primeira. Todos começam dando jeitinhos daqui e dali, fazendo pequenos saques. 

Depois que a praga corruptiva virar epidemia, o remédio pode se tornar ineficaz. A base teórica para entenderemos isso vem do que afirmou o filósofo alemão Friedrich Nietzsche: “É mais fáci lidar com uma má consciência do que com uma má reputação”. 

Por sermos seres racionais, com instinto regrado pela natureza, mantemos em nós o egoísmo para tirar vantagens sobre os outros. Então, a mudança deve começar bem cedo pelas mãos dos governos e dos educadores. Soubemos que ninguém conseguirá exterminar esse mal, mas com educação, cultura, a prática da ética e dos bons costumes desde a infância nos levarão a um mundo bem melhor e com menos corruptos. 

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Eu bato, tu bates, ele BATERIA...

O nome já diz: “bateria”; para bater! Falamos de um instrumento importante no conjunto, porém, se for usado com exagero, termina com os outros. Quando você ouve o disco, tudo é perfeito. Cada recurso musical é definido, se escuta bem a voz do artista... Quando você chega num baile ou festa, lá está a bendita bateria no centro das atenções. Por ser um instrumento que dá o ritmo, muitos exageram. Assim, gaitas violões, guitarras, voz, tudo some ou se mistura ao eco da bateria, fazendo confusão de sons. Ela bate e nossos ouvidos apanham.

Um músico me disse: “Quanto mais um povo for atrasado na música, mais percussão. Quanto mais refinado for o músico, menos percussão. A bateria é trocada pelas teclas graves do piano ou cordas graves do contra-baixo, violoncelo... Na música erudita a percussão é dispensada. Como estamos voltando à barbárie, dê-lhe bateria!”

Nas músicas mais antigas, a bateria era complemento e o contra-baixo dava o ritmo quase sozinho. Hoje o que menos se houve é o contra-baixo. A maldita bateria aniquilou ele também. Esse exagero já deixou até cantores surdos. Conheço alguns que trocaram a bateria tradicional por uma eletrônica que faz menos volume de som e para transportar. Não sou músico, mas basta ter ouvidos para não gostar de bateria enlouquecida. E se eu fosse músico, pensaria duas vezes antes de ensurdecer as pessoas. Como o nome já diz ou já disse, eu “ba-te-ria” bem forte, não vou bater mais...

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Nós somos muito mais homens que vocês

Lá numas bibocas de Coronel Bicaco havia um gaúcho nascido no tempo certo e desmamado sem tabuleta. Era o legítimo maragato! Vez por outra se ia noite adentro numa roda de mate relembrando histórias. Ele sempre contava que na revolução de 1893, entre Federalistas (Maragatos) e Republicanos (Chimangos), havia um tal de Amaranto Pereira que não era de se laçar com sovéu curto e, como bom maragato, nunca perdia uma pros Chimangos. Podia perder no ferro, não no grito!

Quando a tropa republicana descansava ao fim de cada batalha, lá vinha o Amaranto pra frente do quartel inimigo: “Jaguarada; vocês nos prendem, nos surram e nos matam. Claro, têm mais arma, mais gente! Mas nós somos muito mais homens que vocês”, dizia ele mostrando o lenço encarnado. O general mandava fazer tudo de novo e de nada adiantava. Noutro dia lá estava o Amaranto fazendo o mesmo alarido.

Cansado de bater no Amaranto, o general mudou a tática: “Não surrem mais! Em vez disso, o convençam a defender nossa causa. Total, eles já estão quase derrotados mesmo!” E foi o que aconteceu. O Amaranto trocou de lado e em cinco dias já era cabo. Numa daquelas o general inventou de lhe perguntar: “E agora, Amaranto, que tu estás do nosso lado, que está achando da guerra?” “Pois olha, general! Nós os prendemos, surramos, matamos... Claro! Temos mais arma, mais gente! Mas lhe digo; eles são muito mais homens que nós”.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Inversões

A mídia gosta de inverter frases, colocando o sujeito no final ou fazendo citação no início com destaque para uma característica da pessoa. “Cansado de andar a pé, Alberto comprou um carro.” Esse recurso quebra a monotonia de se começar sempre pelo nome ou pelos artigos (o, a, os, as). Entretanto, em matéria narrativa, às vezes a inversão dificulta o entendimento. Vejam o hino nacional: "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas/de um povo heróico o brado retumbante." A frase direta seria: “As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico.”

Este tema cai em vestibulares e pega muita gente que pensa em usar crase em “às margens plácidas”, como se fosse “nas margens que ouviram (alguém) ouviram o brado retumbante. Essa inversão e todas as palavras mais complexas deixam o hino impopular. O brasileiro ouve e até tenta cantar, mas poucos sabem o que a sua pátria amada, Brasil quer lhe dizer. É por isso que o hino rio-grandense é o mais executado e cantado. É simples, é bonito e de fácil interpretação. Ah, e bem mais curto também.

Outra inversão que fazem é na hora de cantar o hino. Todos viram-se para a bandeira, dando as costas ao público. Ninguém sabe quando essa prática começou, porém sabemos que é errada. Há até lei normatizando solenidades e dizendo que todos devem se voltar para o público ou para a parte central do evento (a não ser quando as bandeiras estiverem sendo hasteadas). Dar as costas ao público, jamais! Ou seria: “Jamais devemos dar as costas ao público?”

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O jornalista e a crítica

Vocês podem pensar que o trabalho de um jornalista é fácil porque praticamente falamos o que queremos, no metendo em tudo, avaliando os outros. Ser jornalista é bom; nos tornamos conhecidos escrevendo coisas negativas das pessoas. Para nós, a crítica é um dever, porém sabemos que muitos se sentem mal por causa de nossas palavras. E dizer que os leitores são iguais seria superficial. Eles são diferentes e o que agrada a uns é justamente o que desagrada a outros. Também descobrimos que nem todos são grandes leitores, mas um grande leitor pode estar em qualquer lugar. Por isso, adotamos no Expresso uma linguagem universal, popular, sem rodeios... Também procuramos não deixar que as emoções reflitam no trabalho. Elas são importantes, desde que não sejam carregadas de ira ou de paixão contra ou a favor de quem quer que seja. Assim, seguimos agradando, desagradando, irritando, alegrando, mas fazendo o nosso papel, o papel que pode ser a única arma para muitos neste Brasil tão carente de transparência e honestidade.